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Vamos conhecer melhor como se dá o processo do consumo
inconsciente. Você entenderá como pode contribuir com o meio ambiente e
fazer escolhas sustentáveis.
A todo o momento, somos bombardeados por muitas
propagandas que nos dizem o que temos que comprar, e, por muitas vezes
os produtos anunciados não são necessários as nossas vidas, no entanto,
a mensagem publicitária nos induz a ir às compras, com slogans
que de maneira intuitiva traduz a ideia de que seremos mais felizes,
inteligentes, ricos e bonitos se adquirirmos tais produtos ou serviços,
que por sua vez, estão expostos às vitrines e disponíveis para as
compras.
Em frente à vitrine, devemos nos perguntar: “Mas será que
precisamos mesmo comprar isto?”.
O porquê desta pergunta? Afinal de contas, comprar lhe
faz bem, você está de acordo com o que a propaganda da televisão “diz
para comprar”, seus problemas estarão sanados, seus amigos estão
encantados com o seu objeto novo, pois você faz parte de um grupo social
ou simplesmente precisa adquirir algum bem de consumo necessário, no
entanto não está preocupado com o impacto que quaisquer produtos podem
causar ou já causaram ao meio ambiente.
Você já se perguntou; Da onde este produto veio?
Certamente os produtos passaram por processos de efeitos
ambientais ligados a sua produção, tais como: extrações de árvores,
pesca, caça, indústrias que colaboram com a incidência de dióxido de
carbono e o gás carbônico, inundações, desapropriações de casas,entre
outras situações ocasionadas para a produção e distribuição de um
produto, até chegar às mãos do consumidor final. Conforme o capítulo 4,
da conferência RIO 92, que informa a
relevância em se atentar para o consumo como causador de diferentes
impactos ambientais e sociais, “as principais causas da deterioração
ininterrupta do meio ambiente mundial são os padrões insustentáveis de
consumo e produção, especialmente nos países industrializados. Motivo de
séria preocupação, tais padrões de consumo e produção provocam o
agravamento da pobreza e dos desequilíbrios.” É uma cadeia de ações que
deterioram o meio ambiente em função do consumo.
O impacto não é tão e somente ambiental, ele pode ser
econômico e social.
Já parou para pensar, que este produto pode ter sido
confeccionado por “mãos escravas”? Sim. O trabalho escravo e insalubre
ainda é uma realidade em nosso planeta, especialmente no Brasil, muitos
trabalhadores não são remunerados adequadamente, e trabalham expostos a
situações perigosas.
O desperdício com energia, água, comida, matéria prima e
a perda da saúde (quando as fábricas utilizam insumo tóxico para a
produção de produtos), são fatores preocupantes e impactantes que afetam
todo o ambiente em que vivemos.
Pensando nisso, devemos nos atentar a todos os aspectos
que estão por trás de um simples rótulo, com o objetivo de fazer
escolhas mais acertadas em prol do nosso meio ambiente.
Muito bem, já temos uma ideia de onde os produtos
aparecem nas gôndolas e prateleiras das lojas. Mas e depois que
utilizados, onde eles vão parar?
Muitos produtos inutilizados são encaminhados aos lixões,
muitas vezes misturado ao lixo doméstico, favorecendo a proliferação de
ratos e outros vetores, os quais levam doenças aos catadores e a
população. A indústria quer que você compre cada vez mais, por isso
fabrica produtos com vida útil de curto prazo; E novamente a publicidade
e a propaganda é a aliada das grandes corporações e do governo que têm
como objetivo, fazer a economia aquecer, portanto promove a facilidade
de novas compras.
Praticamente, 99% (noventa e nove por cento) das coisas
que você compra, vai para o lixo, que quando não separado e não tratado
adequadamente causa desequilíbrio ambiental e por fim, o resíduo
alimenta a cadeia do consumo como um ciclo sem fim.
E o que fazer para amenizar este problema?
Devemos REPENSAR! É isto mesmo, refletir sobre os nossos
hábitos de consumo, comprar aquilo que é realmente necessário,
estendendo a vida útil dos produtos tanto quanto possível, ser
responsáveis com nossas escolhas, ter a compreensão de que as nossas
decisões poderão ter consequências tanto positivas como negativas e
finalmente agir em prol de um futuro melhor a todos os cidadãos,
mantendo o nosso maior e profundo bem, que é de todos, a nossa,
natureza.
Text:
Evelyn C. Tsumanuma Turchetto
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