Universidade Federal do Paraná
Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes
Departamento de História
História do Brasil II (HH061)
Professor responsável: Luiz Geraldo Silva.

Pano de boca executado para a representação extraordináriano Teatro da Corte (J. B. Debret, 1822)


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Programa


Ementa: Estudo da sociedade brasileira no período monárquico com ênfase na transição do trabalho escravo para o trabalho livre e no processo de construção do Estado nacional.



1. A corte joanina na América.

A) LYRA, Maria de Lourdes Vianna. A utopia do poderoso império. Portugal e Brasil: bastidores da política (1798-1822). Rio de Janeiro: Sette Letras, 1994, pp. 17-23, 107-189. Acesse o texto aqui. (Apresentação: Erica Cima e Guilherme Saccomori).
B) GOUVÊA, Maria de Fátima Silva. As bases institucionais da construção da unidade. Administração e governabilidade no período joanino (1808-1821). In: JANCSÓ, István (Org). Independência: história e historiografia. São Paulo: Hucitec/FAPESP, 2005, pp. 707-752.
C) MALERBA, Jurandir. A corte no exílio. Civilização e poder às vésperas da Independência (1808-1821). S. Paulo: Cia. das Letras, 2000, pp. 230-292. Acesse o texto aqui.

* Neste tópico examinaremos, por um lado, as circunstâncias da transferência da corte joanina para os Trópicos. Por outro lado, analisaremos as transformações
econômicas, políticas, administrativas, sociais e simbólicas decorrentes de sua instalação no Rio de Janeiro.

* Questões para o relatório relativo ao Tópico 1:



2. Da nação portuguesa à independência do Brasil: continuidades e rupturas.

A) BERBEL, Márcia R. Os apelos nacionais nas cortes constituintes de Lisboa (1821-22). In: MALERBA, Jurandir (Org.). A independência brasileira. Novas dimensões. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006, pp. 181-208 (Apresentação: Laura Jackson).
B) COSTA, Wilma Peres. A independência na historiografia brasileira. In: JANCSÓ, István (Org). Independência: história e historiografia. São Paulo: Hucitec/FAPESP, 2005, pp. 53-118. (Apresentação: Maria Aoki e Denise Cruz)

* Neste tópico discutiremos as condições de eclosão da revolução do Porto (1820) e a adesão das províncias do Brasil a esse movimento político. Analisaremos, ademais, como as representações das distintas províncias brasileiras engendraram diferentes projetos - adesistas, separatistas e federalistas - em resposta ao quadro de instabilidade das instituições monárquicas. Por outro lado, examinaremos as distintas posições assumidas em torno da independência pela historigrafia brasileira desde o século XIX , as quais são marcadas pela dialética das continuidades e descontinuidades.

* Questões para o relatório relativo ao Tópico 2:


3. Estado, nação e política no Brasil imperial.

A) CARVALHO, José Murilo. A construção da ordem: a elite política imperial; Teatro de sombras: a política imperial. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ/Relume Dumará, 1996, pp. 11-19 e 181-208 (Apresentação: Naiara Krachenski), 229-240 e 303-325 (Apresentação: Gustavo Moraes).
B) MOREL, Marco. O período das regências (1831-1840). Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003 (Apresentação: Luiz Egues e Cássia Lino).

* Neste tópico analisaremos alguns problemas concernentes à construção do Estado e da nação no Brasil. Serão considerados temas referentes à constituição dos partidos políticos, 
as reformas (Ato Adicional e sua reinterpretação, criação da Guarda Nacional, Lei de Terras) e as revoltas regênciais.

* Questões para o relatório relativo ao Tópico 3:


4. Representações do poder imperial.

A) SOUZA, Iara Lis C. Pátria coroada. O Brasil como corpo político autônomo (1780-1831). S. Paulo: Editora UNESP, 1999, pp. 207-281 (Apresentação: Laura Jackson).
B) SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. S. Paulo: Cia. das Letras, 1998, 45-100. (Apresentação: Sérgio Rabelo).

* Neste tópico examinaremos as condições simbólicas de criação do Brasil como um 'corpo político autônomo' de feições monárquicas. Discutiremos a configuração desse conjunto de dispositivos simbólicos tanto no caso do primeiro como do segundo reinados, enfatizando semelhanças e diferenças dos rituais de sagração, aclamação e coroação de ambos os imperadores.

* Questões para o relatório relativo ao Tópico 4:


5. Um império entre Repúblicas.

A) PIMENTA, João Paulo G. Estado e nação no fim dos Impérios ibéricos no Prata (1808-1828). São Paulo: Hcitec/FAPESP, 2002, pp. 161-192 (Apresentação: Gustavo Moraes).
B) COSTA, Wilma Peres. A espada de Dâmocles. O exército, a guerra do Paraguai e a crise do Império. São Paulo/Campinas: Hucitec/Editora da Unicamp, 1996, pp. 143-187 (Apresentação: André Santos e Diego Bilobran).
C) IZECKSOHN, Vitor. Recrutamento militar no Rio de Janeiro durante a Guerra do Paraguai. In: CASTRO, C., IZECKSOHN, V. e KRAAY, H. (Orgs.). Nova história militar brasileira. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004, pp. 179-208 (Apresentação: Naiara Krachenski).

* Neste tópico discutiremos as relações entre os mundo ibéricos português e espanhol da América. Consideraremos tais relações desde a crise do antigo regime, passando pelo processo de formação dos Estados e das nações, até chegar às clivagens e tensões decorrentes das intervenções e projetos políticos acalentados pelo império e pelas repúblicas vizinhas.

* Questões para o relatório relativo ao Tópico 5:


6. Escravidão e abolições.

A) RODRIGUES, J. O infame comércio. Propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil (1800-1850). Campinas: Editora da UNICAMP, 2000, pp. 97-125 (Apresentação: Guilherme Saccomori).
B) CASTRO, H. M. M. de. Laços de família e direitos no final da escravidão. In: ALENCASTRO, L. F. de (Org.). História da vida privada no Brasil. Império: a corte e modernidade nacional. São Paulo: Cia. das Letras, 1997, pp. 338-383 (Apresentação: Luiz Egues e Cássia Lino).
C) GEBERA, A. O mercado de trabalho livre no Brasil (1871-1888). S. Paulo: Brasiliense, 1986, pp. 11-75 (Apresentação: Tchenna Maso).
D) MACHADO, M. H. P. T. O plano e o pânico. Os movimentos sociais na década da Abolição. S. Paulo/R. de Janeiro: Edusp/Ed. UFRJ, 1994, pp. 143-173 (Apresentação: Camila Schiffl e Luis Cavalcante).

* Neste último tópico examinaremos o problema da escravidão na sociedade imperial, o qual perpassou diversas questões analisadas anteriormente. Discutiremos, em primeiro lugar, os problemas atinentes à política anti-tráfico britânica e brasileira; depois, examinaremos o surgimento de leis, tratados e regulamentos que implicaram na cessação do tráfico de cativos para o Brasil. Em terceiro lugar, focaremos a questão das transformações do cativeiro de africanos e crioulos na era pós abolição do tráfico. Finalmente, discutiremos o tema das leis que prepararam o final do cativeiro em fins do século XIX, notadamente a de 1871, bem como o movimento social que culminou com o fim da escravidão no Brasil, em 1888.

* Questões para o relatório relativo ao Tópico 6:


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